Quando se sente amor...
O exclusivismo fenece!
A solidão desaparece!
O sorriso se alarga!
A gratidão se alcança!
O carinho se aplica!
A afeição se explica!
A saudade aparece!
A amizade acontece!
Não há lugar pra rancor...
Só existe objetividade!
Só o que impera é tranqüilidade!
Palavras, palavras, palavras...
Que as palavras fluam soltas
e falem o que entala a minha garganta,
declamando o que não consigo falar...
Apenas sentir e calar.
Libertas, entre as flores entreabertas,
felizes, contagiando os matizes,
festeiras, celebrando com os colibris
botões de rosas azuis anis,
renascidas com o amanhecer
a decantar o novo que virá,
entonações em simultaneidade com as canções
tocadas em flauta doce,
modulações em sons de blues...
Palavras que não se unem à fusão das cores,
permanecem nítidas, únicas e puras,
paridas do coração, geradas pela emoção,
correndo pelos trigais, dourando os girassóis,
roçando violetas, borboletas, acácias azuis,
vivenciando o desabrochar dos arrebóis,
bendizendo as manhãs de cada dia,
entrelaçando, à noite, a estrela-guia,
e na madrugada silenciam,
pois sabem que o silêncio
faz parte da magia
e acorda a poesia.
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